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Belas Hara

Um Senador vs Animes e Mangás 'Criminosos'

Um Senador vs Animes e Mangás Criminosos

O senador australiano Stirling Griff, voltou ao centro das atenções no mundo ao iniciar uma verdadeira "cruzada" contra alguns animes e mangás que, segundo alegação dele, funcionam como "porta de entrada para o abuso de crianças reais". Concordamos parcialmente com o aclamado discurso de Griff, uma vez que a exploração infantil é sim um problema global do mundo moderno que precisa ser combatido por todos e em todos os "palcos", mas precisamos saber distinguir entre a apologia e a expressão de arte.

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Como senador e representante do Center Alliance (ou Nick Xenaphon Team), um partido político centrista que atualmente ocupa dois assentos no Senado da Austrália, Stirling Griff solicitou, na última quarta-feira (26/02), que o Governo Federal reveja imediatamente "todos os filmes de anime japoneses" disponíveis na Austrália, juntamente com a proibição de qualquer anime e mangá que caracterizem exploração infantil. De modo particular, Griff apontou o filme Sword Art Online: Extra Edition e os animes Goblin Slayer, No Game No Life e Eromanga Sensei, esclarecendo ainda que sua equipe está investigando mais obras. A moção de Griff para o referido caso já foi aprovada, mas apenas pedia a proibição de conteúdo obsceno e a recondução do sistema de classificação do país.

Um Senador vs Animes e Mangás Criminosos
Capa do filme "Sword Art Online: Extra Edition".

No argumento do senador, as obras criminosas são "representações de crianças de olhos arregalados, geralmente em uniformes escolares, envolvidas em atividades e poses sexuais explícitas, e frequentemente sendo abusadas sexualmente". Ele fez críticas ao Conselho Australiano de Classificação e lembrou que o Código Penal da Comunidade das Nações (the Commonwealth), vigente na Austrália e em outros 53 países membros, proíbe a venda, produção, posse e distribuição de material ofensivo e abusivo que represente uma pessoa que tenha ou pareça ter menos de 18 anos.

Um Senador vs Animes e Mangás Criminosos
Anime "Goblin Slayer".

Como vimos na postagem da Tentacle Erotica e do caso RapeLay, as leis do Japão têm brechas, algo que não é exclusividade de lá, e muitos artistas se aproveitam dessas brechas para exprimirem sua arte. Vale lembrar que, existe um argumento muito utilizado nas produções japonesas chamado de Loli - termo derivado do romance Lolita (1955) do russo Vladimir Nabokov - em qual as personagens femininas possuem aparência jovial mesmo tendo idade de centenas de anos. E isso acontece de verdade com alguns orientais, como é o caso da designer taiwanêsa Lure Hsu.

Retornando ao assunto, o Japão criminaliza a posse e produção de pornografia infantil, porém as representações fictícias, como anime e mangá, estão isentas da lei. Mas, acreditamos que, um mangá ou anime tem poder para incentivar uma pessoa a infringir leis de modo igual como têm os livros, filmes, músicas etc., pois a índole ruim já está na pessoa que comete o crime e não na obra que ela "gosta" de ver. Concordamos com Griff no sentido de que o Sistema de Classificação Indicativa de cada país deve funcionar de modo a garantir "a segurança e o bem-estar das crianças", mas acreditamos que o banimento de obras vai em caminho oposto ao da conscientização da população.

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Anime "No Game No Life".

Stirling Griff, que é judeu, foi destaque no final de 2019 ao pedir "maior educação sobre o Holocausto em todas as escolas australianas", oportunidade em qual alertou para o "entendimento limitado" que muitos jovens australianos têm em relação ao tema e classificou o antissemitismo como "um sintoma" dessa ignorância. Esta moção foi aprovada por unanimidade. Griff já havia explicado que sua família vivia em uma pequena vila na Lituânia e que apenas sobreviveram ao Holocausto pois conseguiram ir embora, quando adotaram a Austrália como nova casa. Você pode seguir Griff no Twitter.

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Anime "Eromanga Sensei".

E você, o que acha sobre toda essa polêmica criada pelo Sr. Griff? Deixe sua opinião no campo de cometários abaixo.

Fonte: Kotaku; Código Penal das Comunidade das Nações.

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