A virada de ano é um momento especial e misterioso, que atrai, por conseguinte, uma série de simpatias e costumes, como acertar na cor da roupa íntima ou pular sete ondinhas, tudo para garantir boas energia no ano que chega. Entre essas tradições, o Beijo de Réveillon, certamente, figura como o mais popular entre aquelas pessoas que buscam mais sorte no amor.
Nos EUA, a tradição do Beijo de Réveillon ou New Year's Kiss é bastante forte, sendo que já foi até imortalizada por Hollywood em filmes como “Noite de Ano Novo” (2011), por exemplo, onde se exalta clássicas cenas ao final da contagem regressiva para o ano novo na Times Square. Dessa forma, ali é possivel ver casais, amigos e até estranhos dando o famoso Beijo de Réveillon.
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A Origem
A origem exata do Beijo de Réveillon é incerta, porém destacam-se ao menos três explicações aceitáveis: a Saturnalia, o Hogmanay e as Fogueiras Alemãs. Vamos conhecer cada uma delas a seguir.
Na Roma Antiga, a Saturnalia era a maior festa celebrada pelos romanos. Em homenagem a Saturno, deus agrícola, era realizada em dezembro e envolvia, entre outras coisas, o uso de máscaras que simbolizavam os maus espíritos e vícios do ano anterior. Daí, essas máscaras deveriam ser retiradas à meia-noite para que homens e mulheres, com ou sem compromisso, se beijassem a fim de criar uma força de limpeza que afastaria o mal mencionado, fazendo-os entrarem limpos no novo ano.
Hogmanay é o nome de uma antiga e fabulosa tradição dos vikings para celebrar a virada de ano, sendo que ainda hoje é comemorada na Escócia. Composta por inúmeras outras tradições menores, na Hogmanay se acredita que o primeiro beijo do novo ano vai trazer muitas energias, positivas ou negativas, para os envolvidos. Dessa forma, pessoas estranhas e amigas são compelidos a trocarem beijos. Aí também é dada uma atenção especial à tradição “Primeira-Pessoa” (First-foot), onde o primeiro visitante de uma casa no novo ano tem o direito de reclamar um beijo de todas as mulheres residentes.
Rezam as lendas que era costume na Alemanha acender grandes fogueiras no dia 31 de dezembro para celebrar a virada do ano. Dentro dessa celebração, teria surgido a ideia do beijo entre os celebrantes como forma de saudação de boas energias, prosperidade e boas relações para o ano seguinte.
Mas, se você acha que é simplesmente lascar um beijo de qualquer jeito em qualquer pessoa e pronto, pode autosabotar suas boas intenções. Segundo as tradições, para que o Beijo de Réveillon tenha realmente efeito, ele deve ser trocado embaixo dos galhos de uma Erva-de-passarinho, também conhecida como Enxerto-de-passarinho ou Visco. E a duração também importa, pois quanto mais tempo durar o Beijo de Réveillon, mais energias recairão e acompanharão as pessoas envolvidas durante o ano que chega. Mas, muito cuidado, pois a pessoa escolhida para compartilhar o Beijo de Réveillon pode influenciar positiva ou negativamente nessas energias concedidas.
Além dos EUA, países como França, Itália, Inglaterra e Alemanha também mantém viva a tradição do Beijo de Réveillon, levando pessoas solteiras ou casadas, conhecidas ou não, a manterem seus lábios colados e suas línguas dançando enquanto o ano vira, garantindo dessa forma afastar a solidão no ciclo que chega.
Pois bem, se você acredita em superstições e não deseja permanecer o 2025 inteiro na condição de solteira(o), trate de se preparar para estar beijando nesta virada de ano, pois, segundo reza a tradição do Beijo de Réveillon, “sem beijo = para sempre sozinho”.
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