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Valentina Nappi - A Estrela Pornô Intelectual

Valentina Nappi de óculos
Valentina Nappi, uma atriz pornô italiana que começou aos 20. Se eu te pedisse para chutar dois adjetivos sobre ela, quais você escolheria? Caso saiba do que estamos falando aqui, acredito que você, automaticamente, lembrou de Moana Pozzi (1961-1994) ou Cicciolina e cogita dizer "experiente" ou "famosa". Acertei? Então, não imagino o motivo por você não ter sequer considerado falar "inteligente".

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Filha de uma mãe superprotetora e vindo a tornar-se órfã de seu pai aos 15 anos de idade, Valentina Nappi nasceu na comuna Scafati, província de Salerno, na região da Campania/Itália, em 1990 e teve contato com a pornografia logo cedo, por meio de mídias japonesas. Teve contato e gostou do que viu. Confira o que ela disse em entrevista ao site VICE:

Eu fui do mangá ao hentai, a evolução do pornô deles [japoneses]. Lembro-me de baixá-los para o meu PC para vê-los secretamente. Isso aos 11 anos. Por volta dos 12 anos, comecei a me esfregar nos travesseiros e a assistir pornografia online. Aos 16, costumava ir a salas de chat e fazer apresentações pela webcam. Eu gostava de desafiar os velhos a gozar sem ereção.

Valentina Nappi usando máscara facial
#FiquemEmCasa #USEMASCARA
E o tempo foi passando, Nappi foi crescendo e aprimorando seus conhecimentos sobre o universo pornográfico. Então, em 2011, quando tinha 20 anos de idade, ela concluiu que já poderia dar o próximo passo. O trecho abaixo foi extraído de uma entrevista ao site Today.it:

A decisão amadureceu com o tempo, mas o "ponto de virada" que me convenceu a fazer isso seriamente foi [...] quando minha pesquisa sobre pornografia me convenceu de que esse era o meu caminho. Nesse ponto, enviei um e-mail para Rocco Siffredi, que me ligou alguns meses depois para me oferecer uma cena de um de seus filmes.

A atriz italiana confessa que, em consequência de sua decisão que lhe concedeu as bençãos do lendário produtor pornográfico italiano e que a transformaria numa das atrizes pornô hardcore mais autênticas da atualidade, precisou lidar com a reação de todos aqueles que faziam parte de sua vida:

Dos amigos, normalmente, quando descobriram e depois, quando puderam ver que continuo a ser a mesma pessoa de antes. Minha mãe, por outro lado, ficou inicialmente chocada, depois a relação até melhorou: o 'escândalo' vivido por dela ajudou-a a entender mais sobre sua filha e o mundo ao seu redor. Acho que também foi uma experiência importante para ela, pois verdade e conhecimento são sempre algo positivo, que levam a um 'mais' e nunca um 'menos'.

Valentina Nappi

Com aparições iniciais como uma pinup em revistas italianas de nudez, a fama não demoraria a chegar. No ano de 2012, Valentina Nappi foi Playmate na edição italiana da Playboy do mês de junho. Em novembro do ano seguinte, foi a Pet do Mês da revista Penthouse EUA. Em 2015, só no mês de maio, ela foi a "Treat of the Month" da Twisty e Spiegler Girl, e, em setembro, estampou a capa da Hustler's Taboo. No ano seguinte, 2016, ela postou uma foto no Instagram que pertubou a internet: uma selfie bem no momento de um orgasmo.

'Quando está bom demais' - A polêmica selfie ahegao de Valentina Nappi.
E como o próprio Rocco afirmou, Nappi havia chegado para ser "a próxima grande novidade da pornografia italiana". Entre as premiações que ela já conquistou estão: "Moedor de Salsicha Italiana" (2016), "Sedutora Importada do Ano" (2016), "DP Dínamo do Ano" (2017), "Sotaque mais Sexy" (2017), "Utilização Mais Abrangente de Todos os Orifícios" (2018) e "The O.G. Euro PAWG" (2020), todos pelo Spank Bank Awards; "Melhor cena de sexo a três: G/G/B" pelo AVN Award 2016; "Artista Estrangeira do Ano" em 2017 pelo XBiz Awards e em 2018 e 2019 pelo XCritic Awards.

Em paralelo com a fama no universo pornô, a atriz não abandonou os estudos. Ela se formou na escola de arte em Salerno e, em outubro de 2013, estudou arte e design em uma universidade, obtendo sua primeira graduação.

Valentina Nappi

Ativista também nas horas de lazer, Valentina já escreveu vários ensaios sobre a condição de homens e mulheres na sociedade contemporânea e participou de um festival de filosofia. Desde 2014, ela colabora com a revista política e social MicroMega onde publica uma coluna com os artigos do seu blog. Veja o que ela disse ao site VICE:

Estou lutando pela igualdade entre os sexos, verdadeira igualdade entre os sexos. Estou lutando contra um certo tipo de feminismo que quer culpar os homens e puni-los quando eles têm seus impulsos masculinos normais. É uma loucura que muitos homens me escrevam com medo porque têm ereção. Agora todos eles entram em contato com você dizendo "desculpe, você sabe, não se você quiser". Eles têm medo de serem rotulados como maníacos hoje em dia. Para mim, isso é violência de gênero. As feministas devem viver muito mal suas vidas, como aquelas cristãs que pensam que as mulheres são todas vagabundas. Elas são apenas outro tipo de repressão sexual.

Valentina Nappi

Erótica e curiosa, a italiana que também viveu em Pompeia, província de Nápoles, de onde justamente pegou emprestado seu aliase de "napolitana valente", questiona também a própria estrutura da indústria pornô da qual faz parte:

[...] Por exemplo, por que existe uma diferença entre softcore e hardcore no pornô? Por que gay é hardcore e lésbica é softcore? Porque falta a penetração de um homem. Precisamos quebrar esse tipo de diferença na coletividade. Vagina e pênis não precisam ser diferentes e têm importância distintas. Porque a vagina é feminista e o pênis é escandaloso?

A polêmica blogueira da MicroMega Valentina Nappi, que já escreveu coisas do tipo "Juro que darei uma punheta a qualquer um que me pedir", se identifica como pansexual. Ela acredita que a pansexualidade é um caminho evolutivo. Confira o que disse em entrevista ao site Rivista Studio:

Os impulsos eróticos, sem dúvida, foram moldados, ao longo dos milhares de anos de nossa história evolutiva, pela seleção natural e sexual. Ao mesmo tempo, no entanto, eles são dotados de uma plasticidade notável e, portanto, adaptabilidade a contextos e cultura contingentes. Acredito que a plasticidade deve ser favorecida, também com a ajuda da endocrinologia e da engenharia genética, na direção de uma sociedade em que todos são pansexuais. Uma sociedade em que, por exemplo, o heterossexual é considerado (e ajudado) em pé de igualdade com quem não tem braço ou perna.

Valentina Nappi Valentina Nappi Valentina Nappi

A pornstar italiana também se define como ateia vitalícia, afirmando que já era assim desde quando era criança:

Quanto ao catolicismo, certamente é anti-luciferiano, é verdade. Há séculos é a retaguarda. Talvez o mesmo não seja verdade para o cristianismo primitivo, que incorporava elementos do gnosticismo (e era um pouco luciferiano-prometeico). Assim como o protestantismo foi luciferiano-prometeico por algum tempo (não foi por acaso que Marx comemorou o dia da postagem das teses de Lutero).

Como você já percebeu, a moça não deixa barato quando o assunto é filosofia. De Aristóteles a Nietzsche, Nappi não tem papas na língua e enfrenta qualquer discussão:

[...] também nos especializamos na espetacularização do sexo (no pornô, pode ser). No entanto, permanece o fato de que estamos falando sobre a espetacularização do sexo. E isso é de quê? Você não acha que se a sexualidade foi tão demonizada pela educação (e essencialmente pelos passos que a educação deu unidirecionalmente à técnica; estou pensando nos gentios, mas não apenas na Itália), é porque toda educação possível significa antes de tudo transformar a bela natureza na natureza humana? A técnica não pode ter como objetivo o prazer do homem. É míope pensar que a técnica funciona para o homem e não para aumentar a si mesma. Mas então te pergunto: não é a violência da educação, das instituições contra o sexo, talvez uma tentativa de nunca mais voltar ao estado bestial natural do homem? É justamente aqui que acho difícil segui-lo: por que deveria persistir e se transformar a substância que para a Técnica é menos essencial para se aumentar - ou seja, a substância sexual, o prazer?

Valentina Nappi

Valentina sonha com o dia em que poderá ver a pornografia sendo plenamente aceita pela sociedade. Veja o que ela disse em entrevista ao Corriere del Mezzogiorno:

A pornografia também é um assunto complicado do ponto de vista filosófico. A pornografia questiona o ser e, portanto, toda a filosofia Ocidental. Também por esta razão, a pornografia hoje é aceita, mas guetizada, separada de outros assuntos.

E ela continua:

Sonho com pornografia em museus. Talvez ao lado de pinturas e esculturas. Seria bom que as performances pornográficas fossem representadas, com a possibilidade de comprar brinquedos sensuais desenhados por designers internacionais. A pornografia não é obscena: o que significa vender seu corpo? Até o pedreiro vende, assim como o jornalista vende a escrita.

Valentina Nappi Valentina Nappi Valentina Nappi

Gosto musical. Para Valentina Nappi existem seis músicas que não podem faltar na sua playlist perfeita: "A Silvia" de Giacomo Leopardi; "Grande Fuga" e "Allegretto" de Ludwig Van Beethoven; "Canzona di ringraziamento" de Salvatore Sciarrino; "Canzona in D minor" (BWV 588) de Johann Sebastian Bach; e "Canzona Seconda detta La Bernardina" de Girolamo Frescobaldi.

Dados da Estrela:
→ Nome/Aliases: Valentina Nappi / Valentina Noon / Valentina B
→ Nascimento/Signo: 06/11/1990 / Escorpião
→ País: Itália
→ Medidas (BCQ): 86-61-89 cm
→ Altura: 1,60 m
→ Aparência: Brunette
→ Situação da Carreira: 2011 - Ativa
→ Quantidade de filmes: 749

Valentina Nappi

E esse foi um breve resumo sobre a modelo de glamour, blogueira, ativista e atual estrela pornô mais influente da Itália Valentina Nappi. E você, o que achou dela? Deixe sua opinião nos comentários abaixo.

Fonte: VICE; Corriere del Mezzogiorno; Today.it; Rivista Studio; Wikipedia.

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